Comissão cumpriu o objetivo da investigação do Processo
Licitatório e apontou caminhos a serem seguidos no Transporte Público Coletivo
de São Luís
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Vereadores membros da Comissão |
Embora
muitos queiram a espetacularização, que remete a atos medievais e pré-modernos
de “cremação em fogueira”, “inquisição”, “forca”, decapitações, dentre outros à
época, e em nosso tempo atual, indiciamentos, acusações, pré-julgamentos e
condenações - a Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, criada com um objetivo
específico de análises sobre o Processo Licitatório da Concorrência Pública 004
/ 2016, cumpriu seus objetivos práticos, ao entregar um Relatório Técnico,
científico, com dados e apontamentos para melhorias em benefício daqueles que
realmente interessavam no relatório – os usuários, aqueles que pagam passagens,
trabalhadores, pais de família e os estudantes que tem o direito em ter um
transporte público, digno e de qualidade.
Desde
o começo, o objetivo da Comissão foi de ouvir, entender e apontar soluções para
que o caótico Sistema de Transporte Público Coletivo de São Luís tenha
melhorias, com propostas práticas e exequíveis que devem mudar o atual modelo
que se encontra na Capital.
O
rumo da comissão está sólido e o objetivo é único: garantir melhorias no Sistema
de Transporte de São Luís, para que possa atender com satisfação o usuário. Um relatório de cunho político e politiqueiro ficará para uma outra oportunidade.
Ações
efetivas e afirmativas propostas pela Comissão já poderão ser perceptíveis, em
curtíssimo prazo, com a Regulamentação do Conselho
Permanente de Usuários e Prestadores de Serviço do Sistema de Transporte,
que atuará como órgão FISCALIZADOR de todo o Sistema do Transporte Público Coletivo
de São Luís; outra medida em curtíssimo prazo, solicitado pela Comissão é a
EXECUÇÃO DA IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DE FAIXAS EXCLUSIVAS ao transporte público coletivo, que vai garantir um serviço mais eficiente, que possibilita melhoria
da velocidade operacional em torno de 5%, da atual, que garante ganho de cerca de 30
minutos nos percursos; a chamada “onda verde”, que são semáforos sincronizados,
para atender, principalmente, o transporte público coletivo.
São
ações como estas, exequíveis e fáceis de serem implementadas, que a Comissão tratou de se aprofundar
para garantir melhorias em todo o Sistema, além disso, a Comissão entrega ao
Ministério Público, um Relatório Final, com todas as informações do transporte
público coletivo de São Luís, com planilhas orçamentárias, notas fiscais, orçamentos
de despesas, pagamentos, arrecadação do Sistema de Bilhetagem Automática – SBA,
cálculos financeiros, estudos e levantamentos que serão públicos e publicizados
nos portais da Câmara Municipal de São Luís, Prefeitura de São Luís, Tribunal
de Contas do Estado, Ministério Público, sites, portais, blogs, redes sociais e
dentre muitos outros meios de comunicação de nossa era moderna.
Como
afirmamos, o objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito foi averiguar e
avaliar as planilhas de custos, a gestão e o funcionamento do novo Sistema de
Transporte Coletivo de São Luís, o qual foi criado a partir do processo
licitatório da Concorrência Pública nº 004/2016. A finalidade do trabalho foi,
portanto, averiguar eventuais ilicitudes e falhas técnicas que agravaram a
crise que redundou na Greve dos Rodoviários (Greve de ônibus) em outubro 2021,
e a dotação de medidas para buscar soluções exequíveis e perenes para o transporte
público coletivo de São Luís
O
presidente da Comissão, vereador Chico Carvalho (Avante), rebateu rebateu
críticas infundadas acerca do relatório final, a cargo do vereador Álvaro Pires
(PMN), sem o indiciamento de nenhum investigado.
Em
pronunciamento no plenário Simão Estácio da Silveira, durante sessão ordinária,
Carvalho afirmou que o documento será encaminhado ao presidente da Câmara, vereador
Osmar Filho (PDT), ao prefeito Eduardo Braide (sem partido) e ao Ministério Público.
“Quem
vai indiciar o ex-prefeito [Edivaldo Júnior] ou o prefeito atual [Eduardo
Braide], com base nas coisas que nós recomendamos é o Ministério Público e não
a Comissão Parlamentar de Inquérito. Então, que a gente NÃO deixe que as
pessoas usem como plataforma política, o caos no transporte público, que não é
um privilégio apenas de São Luís”, disse Carvalho.
Votação do relatório
Em entrevista, o presidente da CPI disse que o relatório não será apreciado em
plenário e destacou que o documento, conforme explicou o Procurador Legislativo, Dr. Samuel Melo, será votado apenas pelos membros do colegiado.
“Vamos
apresentar o relatório final e enviar para o presidente Osmar Filho. O Procurador da Casa disse que tem que ser votado só pelos membros da comissão e
encaminhado para a Prefeitura e ao Ministério Público”, declarou o parlamentar.
Antes
de encerrar seu discurso, Chico Carvalho falou da importância do trabalho
técnico realizado pela CPI, que foi bastante elogiado tanto pela promotora
Lítia Cavalcanti, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor
de São Luís, como também pelo presidente da Comissão de Direito do Consumidor
da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA), Rosinaldo
Francisco Alvino Mendes.
“Realizamos
uma audiência pública na semana passada e fomos elogiados pela promotora Lítia
Cavalcanti que elogiou muito o trabalho da CPI, bem como o presidente da
Comissão do Consumidor da OAB, o Sindicato dos Condutores de Transporte também
foi bastante elogiada”, completou.
Caos como plataforma
O
parlamentar concluiu dizendo que não permitirá uso do caos no sistema como
plataforma política, por quem quer que seja, destacando que era inadmissível
denegrir o trabalho sério que o colegiado fez com encaminhamentos de muitas
sugestões, tanto para o Executivo Municipal, tanto para o Ministério Público.
“Agora,
o que nós não queremos é que as pessoas usem o caos como plataforma política de
ninguém, porque nós cinco, membros da comissão, não somos candidatos a nada e não
estamos procurando holofotes ou mídia para que nós façamos política. Então, é
inadmissível denegrir o trabalho sério que a gente fez na comissão parlamentar
de inquérito com encaminhamentos de sugestões para o prefeito e Ministério
Público”, concluiu.
O
vereador Relator da CPI afirmou que o objetivo da Comissão era reunir o máximo
de documentos, evidências e conclusões para serem encaminhadas ao Ministério
Público e que não entrou nesta discussão, com o sentimento de criminalização de
quem quer que seja.
“Como
Relator da CPI não tive obsessão pela criminalização de possíveis falhas e
omissões dos agentes públicos e privados, mas, com afinco nos empenhamos em
reunir o máximo de evidências e conclusões para que o Ministério Público do
Estado do Maranhão possa refinar as apurações iniciais e montar o arcabouço
legal sobre as ilicitudes e indiciar quem julgar cabível e pertinente. Caberá,
in fine, ao Poder Judiciário decidir sobre a aceitação de eventuais
indiciamentos e a possível condenação dos responsáveis e aplicar o previsto na
Lei, com base na dosimetria das penas aplicáveis”,
afirmou Álvaro Pires.
O Relatório Final da Comissão será entregue ao presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho, no início da próxima semana e a Casa Legislativa vai tornar público, e fará os encaminhamentos aos órgãos.
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