Idoso
estava internado na Santa Casa, no Centro de São Luís, vídeos gravados por
acompanhantes de outros pacientes mostram o desespero da filha da vítima
Idoso que foi retirado
da Santa Casa, foi identificado como João Espíndola, de 71 anos, ele morreu na
noite de terça-feira (22), na porta do Hospital Municipal Djalma Marques “Socorrão
I, em São Luís. Vídeos gravados por acompanhantes de outros pacientes mostram o
desespero da filha da vítima, Franciane de Jesus Espíndola, buscando por
atendimento médico ao pai.
João Espíndola era
paciente do Socorrão 1, mas estava internado no Hospital Santa Casa de
Misericórdia do Maranhão em uma ala com cerca de 90 leitos, onde pacientes do
Socorrão 1 que possuem problemas crônicos são transferidos.
Por falta de
atendimento médico e sem ajuda dos profissionais para encaminhar o pai para
outro hospital, Franciane levou o idoso na maca por um percurso de cerca de 500
metros até o Socorrão 1. Uma acompanhante, que preferiu não ser identificada,
acompanhou o caso do idoso ainda na Santa Casa e explicou como tudo começou.
“A filha dele havia
saído para comprar um ventilador, quando ela chegou o homem já tinha passado
mal, tinha sentido uma dor muito forte no peito, acho que ele estava tendo
começo de um infarto, ele passou o dia bem, comeu bem, mas depois de algumas
horas ele começou a se sentir mal e a filha foi lá no clínico. Não fica nenhum
médico experiente para socorrer, quando ela foi pedir socorro quem saiu de lá
um estagiário. A gente pediu para ela pegar o nome do médico, mas ela estava
muito transtornada porque o pai estava morrendo. Ela começou a gritar no
corredor e o pessoal todo mundo começou a ficar espantado, nós tentamos acalmar
ela e ela começou a me pedir ajuda. Ela corria para um lado e corria para o
outro, tinha maqueiro, tinha uma equipe de enfermeiros e duas ambulâncias na
porta, uns tentando ajudar, outros não. Até tentaram aplicar adrenalina, mas
não tinha nada, não tinha um material daqueles para ativar o coração de novo.
Não tinha nada mesmo”, contou a acompanhante.
Segundo Franciane Espíndola,
ao chegar no Socorrão I, houve dificuldade para entrar no local por conta da
demora dos funcionários na liberação da porta. Ela afirma ter ido até a porta
da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quando os médicos iniciaram os
primeiros procedimentos ele já estava morto.
O velório e enterro de
João Espíndola foi realizado no município de Urbano Santos, a 265 km de São
Luís.
Sobre o assunto,
funcionários da Santa Casa de Misericórdia não quiseram se pronunciar sobre o
caso, mas afirmaram que o idoso fazia parte de um anexo pertencente ao Djalma
Marques. Os funcionários confirmaram que a mulher trouxe o paciente, mas que ao
chegar a unidade hospital ele já estaria sem vida.
Em nota, a Associação
dos Médicos dos Socorrões I e II, classifica como irresponsável e leviana a
acusação de que o paciente não teria recebido atendimento médico no anexo, que
funciona na Santa Casa de Misericórdia. A nota assinada pela presidente da
associação, Janaína Bentivi, afirma que o paciente foi devidamente assistido
pelo médico que se encontrava de plantão e pela equipe de enfermagem, tendo
evoluído a óbito ainda na Santa Casa, apesar dos esforços do médico e da
equipe.
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