segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Após
corrupção desenfreada na pasta, Bolsonaro vai extinguir o Ministério do
Trabalho e Emprego
O presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro (PSL), resolveu extinguir o Ministério do Trabalho e Emprego
– MTE, após inúmeros escândalos de corrupção na pasta. Investigações apontaram
vários esquemas de corrupção praticados por membros do Partido Democrático
Trabalhista – PDT.
Uma das inúmeras ações
da Polícia Federal no órgão foi a Operação “Workaholic” para desarticular um
grupo de auditores, contadores e empresários que realizavam desvios no MTE. Os
envolvidos participavam da quadrilha arrecadando mensalmente os valores de
propinas que eram repassadas aos servidores públicos. Os desvios contabilizam mais de R$ 7 milhões. Também foram encontrados
indícios de sonegação do FGTS.
Outra operação da PF, a
“Pronto Emprego” desbaratou uma quadrilha que atuava por meio da ONG Centro de
Atendimento ao Trabalhador (Ceat) — inclusive um padre e a presidente da
entidade, Jorgette Maria Oliveira (Braço direito do presidente do PDT, Carlos
Lupi) — e um assessor do Ministério do Trabalho, lotado na Secretaria de Políticas
Públicas de Emprego do MTE, capturados em flagrante por corrupção. Segundo a
PF, eles pagavam propinas para facilitar aditamento a um convênio com o
ministério que, desde 2009, já garantiu à ONG o repasse de R$ 47,5 milhões.
O Ministério do
Trabalho é reduto histórico do PDT desde o governo Lula. A pasta era revezada
por Lupi e Manoel Dias, que é
secretário-geral do partido. A pasta foi dirigida por Carlos Lupi, que, para
assumir o cargo, deixou a presidência do partido, em 2007. Caiu 4 anos depois,
em dezembro de 2011, já no governo Dilma Rousseff, em meio a denúncias,
inclusive sobre esquema de propinas de ONGs e também sobre uso de avião alugado
por dirigente de uma entidade – existem vários inquéritos abertos e em
andamento contra os envolvidos. Muitos já figuram como réus no STJ e STF.
Envolvimento
da sigla com problemas é recorrente
Em novembro de 2011, o
então presidente do partido e ministério do Trabalho Carlos Lupi foi acusado de
envolvimento com polêmico caso de desvio de dinheiro público. Lupi foi
interrogado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos
Deputados, defendendo-se das denúncias.
A Comissão de Ética
Pública da Presidência da República recomendou a saída dele da pasta. Dias mais
tarde ele entregou o cargo, após conversa com a então presidente Dilma Rousseff
(PT).
Em maio de 2012, já na
gestão Brizola Neto, denúncia de fraude envolvendo o órgão foi revelada pela
CGU (Controladoria Geral da União), que detectou irregularidades na liberação
de R$ 3 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para
imobiliárias.
Para arrematar a crise,
há duas semanas, o assessor da Secretaria de Políticas Públicas do Ministério,
Gleide Santos Costa, foi preso em flagrante em um hotel em São Paulo, com R$ 30
mil em espécie, que a PF suspeita ser dinheiro de propina. Surgiu então uma
nova operação, a “Esopo”, que apontou o desvio de R$ 400 milhões para uma OSCIP
que deveria prestar serviços de capacitação profissional em 11 Estados, o Maranhão é um destes.
Em
tempo: presidente
eleito acertou ou não, ao extinguir o MTE???
E
mais: as investigações
contra os envolvidos nos escândalos de desvios bilionários do órgão deverão ser
surpreendidos com nova operação que vai ser deflagrada em 2019.
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